Banco de Moçambique mantém taxas de juro
Em comunicado enviado hoje à nossa redacção, o
Banco de Moçambique informa que decidiu manter, pelo segundo mês consecutivo, a
taxa de juro de política monetária (taxa MIMO), em 12,75%.
“A decisão de manter a taxa
MIMO continua a ser sustentada pela prevalência de elevados riscos e incertezas
que, a se materializarem, poderão reverter o perfil actual de inflação baixa”,
refere a nota.
A nível interno, o Banco
Central destaca o agravamento da instabilidade militar nas zonas norte e centro
do país e a maior probabilidade de ocorrência de choques climatéricos. A nível
externo, persiste a tensão comercial e geopolítica com implicações negativas
sobre o volume do comércio global e dinâmica dos preços das mercadorias.
Ainda na mesma reunião do
Comité de Política Monetária, o regulador do sistema financeiro nacional
decidiu, igualmente, manter as taxas da Facilidade Permanente de Depósitos
(FPD) e da Facilidade Permanente de Cedência (FPC), em 9,75% e 15,75%,
respectivamente, bem assim os coeficientes de Reservas Obrigatórias (RO) para
os passivos em moeda nacional e em moeda estrangeira em 13% e 36%,
respectivamente.
Com base nos dados do Instituto
Nacional de Estatística (INE), o Banco Central indica que mantêm-se as previsões
de recuperação em 2020, ainda assim, abaixo do seu potencial.
Segundo o INE, o Produto
Interno Bruto do país continuou a abrandar, fixando-se em 2%, no terceiro
trimestre de 2019. Entretanto, perspectiva-se que melhore a partir de 2020,
suportado pela reconstrução pós ciclones, liquidação das dívidas com os
fornecedores de bens e serviços e implementação dos projectos relacionados com
a exploração de gás.
Em relação às Reservas
Internacionais Líquidas (RIL), o Banco de Moçambique refere que continuam em
níveis confortáveis. Na primeira semana de Dezembro, as reservas internacionais
brutas situaram-se em USD 3.661 milhões, suficientes para cobrir mais de seis
meses de importações, excluindo os grandes projectos.
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