Breve historial da consagração do 5 de Novembro, Dia da Legalidade
No
processo da implantação e consolidação do Estado moçambicano, o Primeiro
Presidente da República de Moçambique, Samora Moisés Machel, ao receber
denúncias de flagrante violação dos direitos dos cidadãos privados de liberdade
ordenou que se averiguasse e se abrissem inquéritos junto das cadeias e dos
centros prisionais.
Foram
identificadas situações de extrema gravidade, tais como, cidadãos detidos por
terem cometido infracções de pequena gravidade sem que a Polícia tivesse
instruído qualquer processo, outros em que a causa da detenção era desconhecida
ou arbitrária e numerosos cidadãos detidos e a aguardar julgamento com os
prazos de prisão preventiva amplamente excedidos.
Depois de
se inteirar da situação, o Presidente da República de Moçambique, Samora Moisés
Machel, dirigiu-se à nação, apontando os problemas enfrentados na altura e
delineando formas de organização e actuação dos órgãos e agentes do Estado e do
sistema de administração da Justiça.
No
discurso, mencionou os abusos de poder, criticou severamente a arbitrariedade,
as detenções fora de flagrante delito sem mandados de captura emitidos pelas
autoridades legalmente competentes para ordenar a prisão e apontou a existência
da corrupção e outros males que na polícia, no ministério Público, nos
tribunais, nas cadeias ocorriam e nos diversos outros órgãos e serviços
encarregados de manter a lei e a ordem, defender a legalidade e administrar a
justiça.
[1]
Informção colhida nas revistas produzidas pelo Ministério da Justiça em 1980 e
1981.
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