A FRELIMO Reforçou a Sua Presença no Parlamento

A FRELIMO Reforçou A Sua Presença
No Parlamento e terá mais de dois terços dos lugares, segundo os resultados
oficiais das eleições de 15 de Outubro, divulgados este domingo pela CNE.
A FRELIMO conseguiu
eleger 184 dos 250 deputados, ou seja, 73,6% dos lugares, cabendo 60 (24%) à
RENAMO e seis assentos (2,4%) ao MDM.
A FRELIMO consegue
mais 40 deputados que há cinco anos, a RENAMO perde 29 e
o MDM perde 11.
A maioria de dois terços é
requerida para aprovar alterações à Constituição, para matérias referentes ao
estatuto da oposição, para a eleição do Provedor de Justiça e ainda
para accionar acções penais contra o Presidente da República ou
impedir vetos presidenciais a leis reexaminadas, lê-se na lei
fundamental.
A divulgação dos resultados
foi feita pela CNE em cerimónia oficial, em que Abdul Carimo,
presidente do órgão, leu as tabelas de resultados de cada círculo
eleitoral para cada uma das votações - presidenciais, legislativas e
provinciais.
O Presidente moçambicano e
candidato da FRELIMO Filipe Nyusi, foi reeleito à primeira volta
para um segundo mandato, com 73% dos votos.
Em segundo lugar
ficou Ossufo Momade, candidato da RENAMO, com 21,88%, e em
terceiro Daviz Simango, líder do MDM, com 4,38%.
Mário Albino, candidato
pela Acção de Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI), obteve
0,73%.
A abstenção foi de 49,26%,
anunciou a CNE.
A FRELIMO conseguiu
ainda vencer com maioria absoluta cada uma das eleições para as assembleias
provinciais, onde, pela primeira vez, o governador é eleito em vez de ser
nomeado pelo poder central.
Em 2014,
a RENAMO tinha conseguido conquistar a maioria dos lugares em três
das 10 assembleias provinciais do país: Zambézia, Tete e Sofala.
Os resultados não foram
aceites pelos partidos da oposição no parlamento, RENAMO e MDM,
alegando fraude generalizada.
Ambas as forças políticas
anunciaram, através dos seus órgãos, já há vários dias, repúdio pela forma
como decorreu o processo eleitoral e os seus representantes na CNE, bem
como alguns membros da sociedade civil, votaram contra o apuramento final.
Os resultados foram
aprovados com nove votos a favor e oito contra na reunião de sexta-feira
da CNE e deverão agora ser enviados para validação do Conselho
Constitucional.
A marcação da data de
investidura dos candidatos eleitos para deputados da Assembleia da República e
membros das assembleias provinciais deve acontecer até 15 dias após a
publicação em Boletim da República dos resultados do apuramento, lê-se no
calendário oficial.
Até oito dias após a
investidura do novo parlamento, cabe ao Conselho Constitucional marcar a
data exacta da tomada de posse do Presidente da República ( Fonte RM).
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