Ligação ferroviária com Malawi volta a ser realidade



A ligação ferroviária entre Moçambique e o Malawi voltará a ser realidade a partir de Março do próximo ano. Para o efeito, o Presidente da República, Filipe Nyusi, lançou no sábado as obras de reconstrução da linha férrea do ramal Dona Ana-Vila Nova, que vai permitir essa conexão.

Trata-se de uma infra-estrutura interrompida em Setembro de 1986 devido à guerra civil. As obras de reconstrução, um investimento de cerca de 30 milhões de dólares norte-americanos da empresa pública Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), vão incidir numa extensão de 44,6 quilómetros e abrirão, igualmente, a circulação para comboios a partir do Porto da Beira, na província de Sofala, até ao Malawi.

Intervindo na ocasião, o Presidente da República explicou que a reconstrução da linha férrea insere-se no programa do Governo que, no sector de infra-estruturas, prevê o estabelecimento de condições para a mobilidade de pessoas e mercadorias, em articulação com a dinâmica das cadeias de valor do sector produtivo.

“É nesse contexto que, na região centro do país, estão em progresso as obras de reabilitação da linha férrea de Machipanda, que liga o Porto da Beira ao vizinho Zimbabwe. Os massivos investimentos para a ampliação da capacidade do Porto da Beira visam atender à procura crescente de serviços de transporte de carga”, disse.

Ainda de acordo com o Chefe do Estado, na região norte do país decorrem investimentos no Porto de Nacala, o que permitirá aumentar a capacidade de cerca de 100 mil TEUs para 250 mil TEUs, isto é, contentores de 20 pés, por ano.

“Estão em curso trabalhos de estudo e engenharia para o aumento da capacidade de manuseamento de carga e eficiência logística do Porto de Pemba. Este corredor serve fundamentalmente aos seguimentos de mercadorias geográficos do Malawi, Zâmbia e República Democrática do Congo”, frisou.

Filipe Nyusi disse ainda que, além de garantir a ligação com Malawi, a linha vai dinamizar a economia da região centro do país, abrindo oportunidades em vários sectores, com destaque para o comércio. “Esta linha não serve para embelezar o distrito de Mutarara nem a província de Tete, mas sim para produzir e garantir a circulação de mercadorias”, disse o Presidente da República.

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