AT reforça auditoria à indústria extractiva
A Autoridade Tributária de Moçambique (AT) está a reforçar a fiscalização e
monitorização dos projectos da indústria extractiva, dado o elevado potencial
do sector nas receitas fiscais do país.
Para o efeito, está já em operação a Unidade
Técnica para a Indústria Extractiva (UTIE), uma entidade que no ano passado
desenvolveu 18 trabalhos de auditoria às empresas e instituições, resultando na
recuperação de cerca de 2 mil milhões de meticais em impostos fiscais para os
cofres do Estado.
O porta-voz da Autoridade Tributária, Fernando
Tinga, falando em conferência de imprensa em Maputo, disse que com a
intervenção da UTIE foram notificadas cinco empresas inscritas na Unidade dos
Grandes Contribuintes (UGC) de Maputo, das quais três já enviaram os dados
relativos aos fornecedores nacionais e estrangeiros para efeitos de cobrança.
“A importância desta unidade se traduz, sobretudo,
na capacidade que esta equipa tem de monitorar e fiscalizar os projectos da
indústria mineira, em parceria com uma equipa que integra técnicos do pelouro
dos Recursos Minerais. As duas partes têm trabalhado em conjunto para que se
façam apuramentos mais realistas possíveis do que o Estado deve arrecadar de
receitas resultantes da exploração mineira e petrolífera”, disse.
Segundo ele, para além da fiscalização, a unidade
também se dedica à orientação dos agentes económicos e instituições que operam
no sector da indústria extractiva, para que os mesmos compreendam melhor os
procedimentos e a legislação.
“Já foi feita a recolha de dados relativos a todos
os fornecedores de bens e serviços dos sujeitos passivos que desenvolvem
actividade mineira e petrolífera, o objectivo é fazer o cruzamento entre
os dados facturados pelos fornecedores nacionais e as vendas declaradas”,
afirmou.
A fonte explicou ainda que, neste momento, estão
em curso visitas aos empreendimentos da indústria extractiva ao longo do país,
no âmbito de avaliação do estágio de implementação dos regimes/licenças em cerca
de 10 projectos.
“Esta acção tem sido direccionada ao controlo do
circuito de comercialização de minerais, incluindo areias pesadas e carvão em
Quelimane, Nampula e Sofala; e a monitoria das licenças e concessões
mineiras e petrolíferas em Cabo Delgado, Sofala, Tete, Inhambane e Chibuto”,
frisou.
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